Sem a febre dos marqueteiros, eleições de 2022 ganham forma sob a disputa da podridão!

A força destas eleições está justamente no falho sistema de governo, presidencialismo sem presidente com poder.

Sem a febre dos marqueteiros, eleições de 2022 ganham forma sob a disputa da podridão!

Em tempos passados e não longevos, a febre das eleições era a escolha do melhor marqueteiro para duas coisas da campanha: criar uma imagem santificada do candidato, e desconstruir – na verdade destruir a imagem do seu opositor – com base nas colocações e discursos durante o período eleitoral. Este foi o primeiro esboço das campanhas com marqueteiros que substituíram aos Showmícios.

Tempos depois a missão dos marqueteiros era fuçar a vida dos adversários e destruí-lo antes mesmo de se tronar viável a sua candidatura. Era a época da podridão jogada ao ventilador. E o maior exemplo foi na campanha de Collor contra Lula quando showmícios e marqueteiro – a DM9 – pegaram até a história da filha de Lula de um relacionamento extraconjugal. Uma pulada de cerca. E ali, durante o debate Lula foi esmagado.

Nas demais campanhas a parte mais cara das mesmas era a do marqueteiro. Ele trazia mastigada a base de todos os discursos para os comícios e gravações para a TV com base em pesquisas feitas diretamente com o povo para saber o que o povo queria ouvir dos candidatos. E assim se fez a era dos marqueteiros. Tudo junto e misturado.

Nestas eleições de 2022 a podridão está presente desde o ano pré-eleitoral, mas com as vozes de quem faz parte das eleições segundo os seus próprios interesses; STF, TSE, STJ, magistratura, e empresários tomando partido cada em defesa dos seus interesses e usando cada qual, as suas próprias armas.

Os órgãos representativos do judiciário fazendo com que Bolsonaro lhes deem munição para atirar contra ele por ser “desobediente” aos regramentos dos poderosos homens da toga. Os Morcegos Negros. Ninguém quer perder o poder. Os empresários enxergando que não devemos ter a volta de Lula, pois pode nos levar às barbáries de uma Venezuela, como maior exemplo de um comunismo assassino da maioria em detrimento de uma minoria que está no comando.

O congresso nacional promovendo a ética do mercado como quem não presta, sugando de Bolsonaro o que lhe resta de poder para derrotá-lo nas urnas e não por meio de mais um impeachment para o sofrível povo brasileiro. Bolsonaro não é santo, mas o diabo também não é!

Ninguém quer perder o poder! E dentre eles o mais fraco é o executivo por ter que cumprir as leis feitas pelo parlamento, e mandadas para execução pelo judiciário.

Esta é a realidade das eleições de 2022.

 

Pena que não se possa apurar a podridão de todos. 

Creditos: Raul Rodrigues