Reza a lenda que um dia o Lobisomem apareceu morto.

Esse tipo de Lobisomem se faz passar amigo de todos para enganar a todos.

Reza a lenda que um dia o Lobisomem apareceu morto.

Dentre os humanos reza uma lenda que existe a figura do Lobisomem entre nós. Que ele é alto, feio, feroz e muito forte. Que corre mais que um cavalo e que vive das suas caçadas noturnas quando se alimenta das suas presas.

E isto era muito comum nos anos 70/80 e até 90, quando as vozes das ruas diziam ser os maçons, que viravam bicho. Era uma lenda noturna. Mas ainda hoje tem gente que acredita na existência da figura do Lobisomem.

Já em se fazendo uma análise mais profunda dentre as relações humanas e sem o uso de figuras de linguagem, podemos encontrar a figura do Lobisomem dentro de alguns setores da vida moderna.

Seriam eles aquelas pessoas que fazem uso fruto do consenso das opiniões dos outros quando em reuniões fechadas onde se apresenta como digno representante de uma classe ou colegiado, sem tanto poder para tal. Usa uma espécie de usucapião dos outros para auferir vantagens próprias.

E até que se pegue o Lobisomem, ele já usurpou e muito dentro das reuniões fechadas nas quais falou em nome de todos. E é exatamente aí quando ele chega a ser identificado e os próprios enganados começam a preparar a arapuca para pegá-lo.

A vida do Lobisomem da lenda noturna é mais longa. Já a desse Lobisomem que também anda de terno e gravata, dura sempre um número múltiplo de quatro em quatro anos. Quando muito demora, atinge aos oito e no máximo doze anos.

Ah! Já identificou um? Cuidado! Ele pode lhe pegar antes mesmo que desapareça da vida pública. Afinal o Lobisomem pressente a chegada do perigo e como todo bom corredor – maratonista por natureza – sempre pede socorro a mais de uma centena de quilômetros distante da sua base.

Ah! Já sabe quem é? O Lobisomem sempre é comido pelos colegas.   

Creditos: Raul Rodrigues