Quantos Penedos existem se analisarmos politicamente?

Até nas grandes festas de Natal e Final de Ano conjuntamente ao Bom Jesus dos Navegantes e Festival de Cinema o parque de Diversão com Roda Gigante e tudo mais era penedense e do Senhor Pessoa!

Quantos Penedos existem se analisarmos politicamente?

A cidade do Penedo existe faz séculos. Advém do termo arruado – disposto em ruas – depois Vila e por fim cidade. Os nomes segundo historiadores de – Opara a São Francisco – mas quantos Penedos existem?

No último século de 1920 a 2020 com intervalo fechado matematicamente, também dividido por entre dois Penedos.

Um pujante e marcado pelo sucesso absoluto como Capital do baixo São Francisco, e outro demarcado por insucessos sucessivos.

 

O primeiro por meio do Porto que desenvolveu todo o baixo São Francisco influenciando até o sertão de Pernambuco – Delmiro Gouveia – pela capacidade de navegabilidade das águas do rio batizado pelo santo do dia da sua descoberta – de São Francisco – que fez brotar aqui indústrias e fábricas, agencias bancárias e um rico comércio, cidade dos hotéis – Penedo, Dos Viajantes ao Majestoso São Francisco e muitos outros – por tamanho movimento dos representantes das empresas que por aqui vendiam os seus produtos. Penedo das grandes feiras-livres dividia por entre a feira da carne, do peixe e do barro. Das mercearias conhecidas pelo nome dos senhores proprietários. Das lojas de tecidos e chapéus, de aviamentos e tudo mais. Da educação brilhante e da saúde dominante. Das agências de venda de veículos e dos postos de gasolina do Gaguinho ao Nilo Menezes. A marca era a do nome do dono. Uma cidade sem Câmara de vereadores e cuidada por intendentes. O Progresso e a Ordem imperaram até pouco depois da Nova ordem Política com a criação dos cargos de prefeito, vice-prefeito e vereadores. Na verdade um pensamento de que tudo daí por diante fosse melhorar.

 

 

Dos anos 50 até a chegada dos anos 80, a mesma cidade foi administrada por homens de bem e políticos honrados. A dobradinha Alcides e Raimundo funcionou a contento e Penedo ainda se desenvolvia. Quem mais empregou sua gente em Penedo foi o prefeito Dr. Raimundo Marinho. Dr. Alcides Andrade foi um grande administrador sanitarista através das pavimentações com “meio fio e linha d’água”.

Até Tancredo Pereira Penedo foi destaque estadual e nacional.

A segunda fase do Penedo de Zé Alves – 1989 por diante – foi a sofrível cidade dos escândalos por corrupção. Zé Alves foi processado, Dr. Dirson processado, Alexandre Toledo processado, Március Beltrão processado. Os fatos não contradizem o descrito.

Se daí por diante fomos míseros citadinos desempregados – sem emprego e renda – alimentando os points com os desocupados por falta de empregos, a quem devemos atribuir essa culpa? À política seria a resposta correta. Mas a política é feita por políticos, logo os senhores prefeitos de toda essa época e os senhores vereadores que definharam em postura de defensores da sociedade têm nos levado ao desnível para com o nosso próprio passado. O comércio que foi genuinamente penedense foi substituído por novos moradores e ainda bem, A feira-livre se resumiu às poucas ruas ocupadas por feirantes e população, as mercearias fazem parte do passado ante a força dos Supermercados, as agências de veículos sobrevivem com o apoio das vendas também para outros municípios, os hotéis se mantêm a duras penas, e classe política que deveria prover o desenvolvimento o faz de maneira familiar com exemplos gritantes e destoantes das demais classes da sociedade.

Sei que você pode até discordar, mas recomendo ouvir Cálice de Chico Buarque antes da Lei Rouanet.  

 

 

Creditos: Raul Rodrigues