Os riscos da nossa economia em caso de uma “3ª Onda!”.

Essas idas e vindas de números positivos ou negativos dentro da pandemia, sinalizam para terríveis riscos para todas as classes econômicas do Brasil.

Os riscos da nossa economia em caso de uma “3ª Onda!”.

Comecemos entendendo que a pandemia no Brasil tem e nem teve ondas. Tem sim sofrido em alguns meses, estado de calmaria, e depois soluços no crescimento de infectados e mortos. Nunca estivemos ZERADOS, e, por tanto, em análise fria nunca vencemos a este inimigo invisível e mortal.

Em 2020 passamos entre dúvidas e incertezas à procura de remédios para a cura do Coronavírus. Bolsonaro bem que se esforçou, mas com efetiva cura nunca chegamos. E isto é fato. Com as medidas de isolamento social e tiro no coração da economia, começamos a enxergar que o remédio não é a saída e sim a vacina. Começamos então atrasados a imunizar nossa população.

Em 2021 no mês de janeiro fizemos nossa primeira vacina em brasileiros com direito a holofotes no Cristo Redentor e tudo mais. Era à roda de políticos – garotos propaganda – com pretensões políticas para 2022. Todos caíram do cavalo. A vacinação foi interrompida por diversas vezes e em centenas de cidades – para escrever milagres – por falta de insumos, mas ao mesmo tempo ninguém denunciou culpados. Era um fato.

A economia por sua vez entre janeiro e março soluçava para cima de 3% para 4% chegando a 5% em final de maio. Muito bom. Mas veio concomitantemente a 2ª Onda, e começou a arrastar a economia para áreas indesejadas. E a 2ª onda na verdade foi um novo soluço para maiores quantidades de infectados e de mortos. Sim, denomino de soluço porque ele vai-e-vem.

E a segunda onda ou soluço para cima deve-se exatamente ao momento de euforia de parte da população que retornou para as ruas e praias, festas clandestinas e até tentativas de volta das torcidas aos estádios de futebol. Uma loucura para quem não sabia se o vírus havia sido acertado em cheio. E o vírus se modifica a cada infecção por pessoa, e as novas variantes começaram a aparecer quais pingos de chuva de inverno. A Cepa p1 é mais combatida no Brasil. Mas outras aparecem também aparecem nas linhas investigatórias feitas pelos médicos e hospitais do país.

Agora se avizinha uma nova onda – a 3ª – ou o novo soluço, acompanhado de uma Cepa da Índia muito mais letal e de propagação para infectados com uma velocidade assustadora. E aí descobrimos que estamos diante de uma nova ameaça à economia que vinha resilientemente vencendo as dificuldades impostas pela pandemia, com um PIB previsto de 2,3% mesmo que com o apoio dos 0,5% de concessões de créditos, com os empregos soluçando para cima, 120.9 mil novos formais em 2020, e em 2021 com 161 mil novos empregos em janeiro, 389 mil em fevereiro e 177 mil em março.

Com este cenário de um provável novo soluço, ou 3ª onda, devemos de fato nos preocupar com um período terrível de incertezas.

 

 

Creditos: Raul Rodrigues