Os riscos da nossa economia em caso de uma “3ª Onda!”.
30/05/2021, 12:02:31Essas idas e vindas de números positivos ou negativos dentro da pandemia, sinalizam para terríveis riscos para todas as classes econômicas do Brasil.
Comecemos entendendo que a pandemia no Brasil tem e nem teve ondas. Tem sim sofrido em alguns meses, estado de calmaria, e depois soluços no crescimento de infectados e mortos. Nunca estivemos ZERADOS, e, por tanto, em análise fria nunca vencemos a este inimigo invisível e mortal.
Em 2020 passamos entre dúvidas e incertezas à procura de remédios para a cura do Coronavírus. Bolsonaro bem que se esforçou, mas com efetiva cura nunca chegamos. E isto é fato. Com as medidas de isolamento social e tiro no coração da economia, começamos a enxergar que o remédio não é a saída e sim a vacina. Começamos então atrasados a imunizar nossa população.
Em 2021 no mês de janeiro fizemos nossa primeira vacina em brasileiros com direito a holofotes no Cristo Redentor e tudo mais. Era à roda de políticos – garotos propaganda – com pretensões políticas para 2022. Todos caíram do cavalo. A vacinação foi interrompida por diversas vezes e em centenas de cidades – para escrever milagres – por falta de insumos, mas ao mesmo tempo ninguém denunciou culpados. Era um fato.
A economia por sua vez entre janeiro e março soluçava para cima de 3% para 4% chegando a 5% em final de maio. Muito bom. Mas veio concomitantemente a 2ª Onda, e começou a arrastar a economia para áreas indesejadas. E a 2ª onda na verdade foi um novo soluço para maiores quantidades de infectados e de mortos. Sim, denomino de soluço porque ele vai-e-vem.
E a segunda onda ou soluço para cima deve-se exatamente ao momento de euforia de parte da população que retornou para as ruas e praias, festas clandestinas e até tentativas de volta das torcidas aos estádios de futebol. Uma loucura para quem não sabia se o vírus havia sido acertado em cheio. E o vírus se modifica a cada infecção por pessoa, e as novas variantes começaram a aparecer quais pingos de chuva de inverno. A Cepa p1 é mais combatida no Brasil. Mas outras aparecem também aparecem nas linhas investigatórias feitas pelos médicos e hospitais do país.
Agora se avizinha uma nova onda – a 3ª – ou o novo soluço, acompanhado de uma Cepa da Índia muito mais letal e de propagação para infectados com uma velocidade assustadora. E aí descobrimos que estamos diante de uma nova ameaça à economia que vinha resilientemente vencendo as dificuldades impostas pela pandemia, com um PIB previsto de 2,3% mesmo que com o apoio dos 0,5% de concessões de créditos, com os empregos soluçando para cima, 120.9 mil novos formais em 2020, e em 2021 com 161 mil novos empregos em janeiro, 389 mil em fevereiro e 177 mil em março.
Com este cenário de um provável novo soluço, ou 3ª onda, devemos de fato nos preocupar com um período terrível de incertezas.