Os papéis invertidos de alguns órgãos no atual momento.

Judiciário politizado, parlamento respaldando nomeações, e executivo indicando nomes é sinal da podridão.

Os papéis invertidos de alguns órgãos no atual momento.

Não é difícil observarmos a intromissão de alguns órgãos em outros, quando a regra para alguns é a máxima de que são poderes harmônicos, porém independentes. Refiro-me exatamente aos três poderes que admite a existência de um quarto – a chamada imprensa que não passa de um poder nanico –, pois quanto mais trabalha para esclarecer fatos sujos da política mais é perseguida e seus membros ameaçados ou até presos por retirarem a cortina das janelas do tempo, onde se escondem verdades intrigantes.

Ao judiciário cabe aplicar as leis, ao parlamento fazer e fiscalizar se as leis estão de fato sendo aplicadas, e ao executivo, executar obras edificantes sob a mira da responsabilidade em defesa do povo, para o povo e pelo povo.

Esta seria realidade ideal. Mas o que estamos vendo ultimamente é um poder invadindo as atribuições de outros, ou até mesmo sendo convocado para substituir a competência de outrem. O judiciário legislando, o legislador querendo executar, e o executivo mirando mandar nos dois.

A imprensa dita como quarto poder, vem vivendo dias de penúria por ações da classe política que ao se sentir ameaçada parte para o uso, por vezes indevido, da justiça minando o legítimo poder de informar ao público as verdades dos bastidores – a politicagem de uma parcela dos políticos – que de há muito se apropria do erário – formando quadrilhas, praticando peculato, cometendo improbidades administrativas, corrompendo empresários e empreiteiras, superfaturando notas ou obras que lhes aumentam os saldos bancários, e enfim, dando ares dos novos milionários ou bilionários do país.

O abuso desse tipo de comportamento vem proporcionalmente sendo levado ao público por meio da imprensa livre e verdadeira, que denuncia a vereadores pelo uso das rachadinhas, das verbas indenizatórias, do vai-e-vem de notas de combustíveis, ou de familiares acumulando cargos públicos para maiores arrecadações dentro de uma completa e total imoralidade. Aí e daí vêm os processos investidos da tentativa de intimidar a redatores ou sites, programas de rádio ou quaisquer que sejam os meios ou veículos de comunicação.

Quanto à imprensa quando um portal de notícias, um jornal, uma emissora de rádio ou programa ou um apresentador – ancora de algum tipo de programa – não responder ou responderem a processos, sabiam todos que se trata de um pasquim a serviço de alguém, e para desserviço da população.  

Creditos: Raul Rodrigues