O que afirma a psicologia e experiência do velho Major Horácio sobre a raça humana

Prefiro assumir que tenho erros, que pregar a honestidade do silêncio e a dignidade de um excelente profissional. O erro é do ser humano.

O que afirma a psicologia e experiência do velho Major Horácio sobre a raça humana

Nunca me vi tão presente aos conselhos do meu velho pai, experiente policial – Major da PM de Alagoas – 40 anos engajado e de uma sabedoria inigualável diante da sua escolaridade fundamental, mas da época com vasto conhecimento.

A cada oportunidade que a vida me oferece ao viver mais um dia depor-me com situações que não me permitem esquecer os seus ensinamentos mais simples; “desconfie de quem desconfia de todos”. A razão da desconfiança está sempre em si.

Pessoas que se apresentam sempre como as únicas certas no mundo o tempo destrói toda essa honestidade acima de tudo. Somos humanos e ninguém fica imune às tentações que a vida oferece.

De um jeito ou de outro a vida abre o espaço enquadrando a todos na vala dos comuns. Os mais sábios escondem, e escondem muito bem, as suas falhas muito embora da sua consciência isto seja impossível. E todos nós temos a nossa prisão de Alcatraz em vigilância.

E quanto mais nós vivemos, mais nos decepcionamos com os falsos profetas do Apocalipse dos tempos modernos. E o profissional jamais pode ser o espelho do caráter e da personalidade. O profissional é um instrumento das regras e normas da empresa em que trabalha, e quanto mais perfeito mais próximo do limite da imperfeição pessoal.

As regras e normas exigidas pela empresa ou pelo profissional liberal retêm, detêm a maior vontade interior do ser humano que é a liberdade. E quando houver a primeira brecha ou oportunidade de se quebrar essas regras ou normas ou homem sai deste seu cativeiro profissional e liberta a fera contida em todo ser vivo.

 

Por isso mesmo prefiro acreditar nos conselhos do meu velho pai e dizer que “quanto mais santo mais oco”. “Quanto mais puro, mais escondida está a sujeira”. “E por fim, a perfeição de caráter e honestidade nunca foi fruto do profissional”. 

Creditos: Raul Rodrigues