O Iluminismo ou Século das Luzes padronizou como deveria ser o mundo: justo.

As distorções encontradas pela sua própria leitura em relação ao mundo no qual vivemos são provocadas exatamente pelos nossos governantes.

O Iluminismo ou Século das Luzes padronizou como deveria ser o mundo: justo.

A grande diferença entre o que pregaram os iluministas está presente nos dias atuais quando a justiça não é justa – os escândalos provam isso – os poderes estão apodrecidos pelas suas mais fortes e transparentes ligações com a corrupção, e por fazer o povo perecer entre a embriaguez de que os políticos defendem ao coletivo, mas que na verdade promovem os seus próprios interesses.

Surgido na França, a principal característica desta corrente de pensamento foi defender o uso da razão sobre o da fé para entender e solucionar os problemas da sociedade. O movimento desejava transformar a sociedade que vivia em um antigo regime defendendo o poder da razão contrariando o domínio pela fé e da religião, pilares da escravidão humana na tentativa de entender a crítica racional em todos os saberes do saber humano.

Isto por meio das escolas que propunham o entendimento das ideias filosóficas, sociais e políticas na busca de descaracterizar os preconceitos e ideologias religiosas. Em suas obras os iluministas faziam contra argumentações as determinações mercantilistas e religiosas. Este era um dos princípios.

Eram avessos ao absolutismo e aos privilégios concedidos aos nobres e ao clero. E isto era não somente inovador como intrigante gerando polêmicas e abalando os alicerces da estrutura política e social do antigo regime. O clero era parte dos governos, a nobreza tinha assentos garantidos nos altos escalões do poder central. O da política.

Desta maneira filósofos com Diderot e D’Alambert Montesquieu e Jean Jaques Rousseau lançaram uma enciclopédia de 35 volumes quebrando os paradigmas de uma sociedade feudal, absolutista e parceira com a religião que amedrontava a todos por meios das ameaças da excomunhão ou ser queimado(a) na fogueira da Santa Inquisição.

Essas ideias foram amplamente divulgadas entre as classes da burguesia que detinha o maior poder econômico, e logo sofreram resistências para se tornar de todo conhecimento do povo. Por não possuírem poder político, as grandes ideias ficaram à margem das decisões.

O iluminismo rejeitava a herança medieval e, por isso, passaram a chamar este período de "Idade das Trevas". Vejamos então os porquês de tantas rejeições das classes dominantes:

NA ECONOMIA:

Contrariamente ao Mercantilismo praticado pelo Antigo Regime, os iluministas pregavam o Liberalismo. Ao invés de o estado intervir na economia, que o livre mercado se autorregulasse. Ainda hoje o estado vive a interferir na economia como completou a obra dos iluministas Adam Smith.

Alguns, como Quesnay, defendiam que a agricultura era a fonte de riqueza da nação, em detrimento do comércio, como defendido pelos mercantilistas.

Quanto à propriedade privada não havia consenso entre os iluministas. John Locke enfatizava que a propriedade era um direito natural do homem, enquanto Rousseau apontava que esta era a razão dos males da humanidade.

Contrários ao absolutismo, os iluministas pregavam pela limitação do Rei por meio de um Conselho Fiscalizador ou de uma Constituição. Montesquieu defendia um estado onde o governo fosse dividido em três poderes: executivo, legislativo e judiciário, harmônicos e independentes. Atualmente totalmente interdependentes. Quebra da autoridade de todos. E igualmente o povo deveria ser tratado de maneira igualitária em todos os sentidos.

Quanto à religião os iluministas pregavam pela redução de privilégios e dos poderes do clero e uso das Ciências para limitá-lo diante pregações fantasmagóricas do PECADO MORTAL, DA EXCOMUNHÃO por “heresias” ditas contra a igreja. Nos tempos Medievais os Reis usavam muitos “sábios” para enganar ao povo com ilusionismos.

Por fim, o Iluminismo foi espalhado pelo mundo de tal forma que os déspotas – os absolutistas, Reis e Imperadores, este último como forma ilustrativa da autoridade – não tiveram mais como manterem as suas formas de governos permitindo assim a participação do povo nas novas formas de governos no mundo atual.

Em alguns países da Europa e do primeiro mundo, a hierarquia entre os poderes prevalecem pelo padrão definido pelos iluministas como nos Estados Unidos onde a Justiça é representada por homens honrados e livres de ingerências dos demais poderes ou formas influentes do poder econômico.

Pena que no Brasil ainda estejamos anos-luz atrás dos Estados Unidos e dos demais países do primeiro mundo.

Os citados no artigo, são os principais Iluministas do Século das Luzes!

 

 

Creditos: Raul Rodrigues