O estranho poder do pequenino estado de Alagoas em Brasília.

Não desejamos perdas e danos ao deputado federal, mas sim almejamos melhores dias ao novo diamante da terra dos Marechais.

O estranho poder do pequenino estado de Alagoas em Brasília.

Fizemos os dois primeiros presidentes da república. Marechal Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto.

Fizemos o primeiro presidente eleito na redemocratização. Fernando Collor de Mello.

Fizemos o presidente do senado e ministro da justiça. Renan Calheiros.

Os dois primeiros tiveram passagens sem escândalos. Eram militares do Exército Brasileiro.

Fernando Collor de Mello incomodou aos estados maiores e por meio do “elogio” “República das Alagoas”, terminou sendo minado e por inexperiência política enfrentou ao nosso parlamentarismo disfarçado de presidencialismo e sofreu o impeachment mais rápido do planeta terra. O poder dos alagoanos incomoda aos poderes da café do café e do leite. Tanto que o substituto de Collor foi de Minas Gerais.

Renan Calheiros foi presidente do senado e logo descobriram uma fórmula mágica para derrubá-lo do cargo nacionalizando uma campanha contra Calheiros que lhe marca a vida política até hoje. Ao ser ministro da justiça também deixou a reboque o sonho de muitos dos grandes estados. Saiu de lá com muito prestígio dentro das da justiça. Mas também foi o Ministério Público que mais o perseguiu taxando-o de vários adjetivos incompatíveis para os cargos que Renan ocupou. Isto é contado em livro do senador, de Roberto Gurgel a outros procuradores da república que sequenciaram os papeis de investigadores de Calheiros, e que até hoje não foram conclusos condenações. Renan Calheiros diz textualmente em seu livro que andou sobre cadafalsos.  

Agora é a vez de Alagoas brilhar por meio de Arthur Lira presidindo a câmara federal, tendo em suas mãos não somente a caneta de presidente da câmara dos deputados federais, como também uma forte estratégia de influência diante do governo federal. Lira tem todas as chances de crescer politicamente, mas precisa ficar atento e alerta à síndrome do poder de Alagoas.

Creditos: Raul Rodrigues