Muitas possibilidades e poucos nomes para a disputa de 2022 em Alagoas

Quando as lideranças não existem os grandes acordos respondem pela construção das chapas.

Muitas possibilidades e poucos nomes para a disputa de 2022 em Alagoas

O tempo da política é próprio; ninguém consegue vencer o tempo da política mesmo que queira atrasar ou acelerar, ele tempo rito próprio. Para uns acelera – Collor e Dilma Presidentes – e depois para eles mesmos atrasa. Collor voltou à política dez anos depois, e Dilma nem sequer é citada a não ser em memes.

 Fernando Collor foi lançado na política em final dos anos 70 meados de 80, e chegou à presidência em final dos anos 90. Dez anos de glamour – prefeito de Maceió, deputado federal, governador e presidente. E dez anos de ostracismo para a volta ao senado. À beira de mais dez anos, não se sabe ao certo se será candidato à reeleição, e se for é uma grande dúvida, ou se concorrerá à outra vaga na política caso não queira amargar a ausência de mandato. Sem mandato, político é como pau sem cassa, ninguém mais conhece.

Para as eleições de 2022 a vaga de governador do estado está completamente aberta e sob os olhares de três telescópios – Arthur Lira, Marcelo Victor e Renan Filho – que divididos darão a vitória ao hiato – ninguém sabe até agora qual nome vencerá nas urnas. Mas ainda está muito cedo para tal definição. Não! Os alforjes dos caçadores de cargos já estão expostos nos bastidores das conversas e negociações. Inclusive com nomes de francos atiradores. E isto não é bom.

Rodrigo Cunha senador em meio de mandato poderia ser um dos francos atiradores, ou quem sabe o único. Pois somente ele ainda terá mais quatro anos de mandato a cumprir. Quem o acompanhar na condição de vice tem que correr o risco de em caso de derrota ficar pleiteando diretorias ou superintendências de órgãos sob o comando dos outros. E quem teria mandato certo corre esse risco da aposta ser do tamanho do prêmio. Tudo ou nada.

JHC teria que ter a certeza da sua eleição, pois tem por força de lei renunciar à prefeitura de Maceió o que seria um duro nos maceioenses que apostaram em seu nome e não no vice. Apesar de Ronaldo Lessa ter experiência – já foi prefeito e até governador –, todavia não foi este o desejo de Maceió. E JHC sabe muito bem disso. O risco de JHC será muito maior que o de Rodrigo Cunha. Quem sabe noites sem dormir para quem inicia agora sua história de administrador. Ainda novo pode esperar um pouco mais.

Para Renan Filho tudo dependerá das articulações dos outros. A dele é imprópria para ser ousada e independente. O nome para candidato depende muito mais da própria musculatura do candidato que mesmo do apoio de RF. Alguém terá que unir uma região de Alagoas para depois Renan Filho ser decisivo.

 

Daí as possibilidades serem muitas. Já os nomes, cada vez mais fica resumida a lista. 

Creditos: Muitas possibilidades e poucos nomes para a disputa de 2022 em Alagoas