Lado ou Oposição? Quem deixa claro o que é de fato?

E tem mais gente lá dentro que "come" pelas mãos de quem estiver na presidência. Daí os vasos comunicantes.

Lado ou Oposição? Quem deixa claro o que é de fato?

Esta é uma grande discussão ao pé da letra quando se fala em políticos de oposição ou do lado que os mesmos estão. Viagem em nosso banco de dados da memória somente nos faz enxergar que em Penedo desde os anos 50 oposição sempre foi um discurso. De fato nunca tivemos.

Quando da primeira eleição do prefeito Dr. Alcides Andrade – informação que nos foi repassada pelo próprio – em 1951 para o mandato 1951 – 1954 – que fazer oposição era um mister em função de governos de partidos antagônicos terem que se encontrar em reuniões políticas, de onde decisões em defesa do povo teriam que ser tomadas. Logo nunca foi fácil dizer um não ao povo.

Neste citado mandato de Dr. Alcides a câmara de vareadores se comportou de maneira institucional não havendo grandes dificuldades ou embates entre governo e os que não estavam ao lado do governo. Esta seria a melhor maneira de definir.

Em seu segundo mandato, 1972 a 1975, cuja eleição fora em 1971, as sessões ganharam então contornos mais demorados por conta de discussões entre os vereadores do governo e os que não estavam ao lado do governo. Muito embora fossem os que pediam reuniões com o chefe do executivo, momentos nos quais os temas eram tratados sem diferenças partidárias. Logo se caracterizar como oposição era algo não próximo à realidade.

Em 1961, com a eleição do então prefeito Raimundo Marinho para o mandato de 1961 a 1966, a câmara de vereadores de Penedo passou a ter conotações de “governo de coalisão”, quando vereadores do lado não aliado passaram a fazer parte da base aliada do prefeito, a chamada bancada cooptada pelos mimos do governo. Humberto Leite Martins foi o maior exemplo de que a oposição é apenas uma fachada.

Humberto Leita Martins era completa e totalmente ligado ao grupo de Alcides Andrade, mas tão logo lhe ofereceram a direção do Jardim Infantil para indicação da sua esposa, a oposição virou governo. E isto de maneira aberta e transparente.

Nos dias atuais a prática deixada por Humberto Leite Martins é muito mais usual que os voos de avião de carreira. O espaço para as negociações entre as partes é tão grande que o SAAE, a Educação, a Assistência Social, os Serviços Públicos, a Saúde não possam agregar os do lado de cá de agora por diante.

Ou alguém pensa que Beto da Farmácia e Marival Oliveira saíram da “oposição” para o lado do governo por amor a Penedo?

Se a regra é clara, somente está no escuro o eleitor que votou no vereador empregado e empregando, enquanto que ele continua a ver navios!

 

Ah, e quanto à oposição perguntem a Bolsonaro quem é quem?  

Creditos: Raul Rodrigues