Jogo de cena da justiça tem mais fundo político que objetivo de fazer justiça.

Com um único tiro foram atingidos três alvos.

Jogo de cena da justiça tem mais fundo político que objetivo de fazer justiça.

Tudo começa por um revés jamais visto na justiça mundial por se tratar de uma decisão de um juiz federal, Sergio Moro, depois validada pela juíza Gabriela Hardt, consolidada pela segunda instância – TF 4 do Rio Grande do Sul – pelo STJ e com tramitação em várias instâncias consolidando a mesma decisão, vindo cerca de três anos depois um ministro do Supremo Tribunal Federal – STF – desvendar em seu parecer que tudo estava errado que deveria ser anulada tal decisão.

 Próprio de um país de leigos, o judiciário não mais se representa pelas instâncias anteriores à Corte mais alta da Justiça do Brasil. Do mesmo modo passamos a entender que nossos juízes de primeira instância, mesmo que respaldados pela segunda instância e pelo Supremo Tribunal de Justiça, todos eles passam a ser incompetentes por tamanho erro em julgamento de um único caso.

Se isto é fato, deveríamos ter apenas uma instância, o STF, atuando de maneira única para evitarmos erros grosseiros como os atribuídos à justiça do Paraná, por dois magistrados, e pela colenda casa de leis, o Supremo Tribunal de Justiça, não voltem a condenar “inocentes” ao arrepio de todo amparo investigatório da Polícia Federal, de Procuradores da República, e por fim, de um braço da justiça do país, a do Paraná.

Caso estejamos errados no parágrafo acima, a quem dedicar então erro crasso ao se anular todo um processo?

E para reforçar ainda mais a visão aguda de quem não enxerga apenas fatos, mas sim os futuros desdobramentos, nos perguntamos o porquê da verdadeira caçada ao ex-juiz Sergio Moro? Não fosse por ser este nome um potencial candidato a presidente da república em pleito que se aproxima?

Aliás, se toda a demanda do STF terminar por anular todos os processos contra o ex-presidente Lula, a missão de parte do STF terá logrado êxito: a reeleição de Bolsonaro enfraquecida, quaisquer pretensões de candidatura de Sergio Moro implodida, e a exaltação do “inocente” que quebrou a economia da do Brasil por meio de uma corrupção inviolável para uma condenação dos verdadeiros culpados.

As decisões controversas e a massificação de que Lula está elegível demonstram todo o jogo de cena da politização na justiça, toda intromissão da política na justiça, e o uso da “imprensa” em busca de objetivos comuns.

Creditos: Raul Rodrigues