Fim da escravidão no Brasil criou as favelas com negros libertos, porém discriminados.
24/08/2021, 09:25:21Vida que segue...

O fim da escravidão no Brasil por meio da Abolição dos Escravos – Lei Áurea – assinada pela então Princesa Isabel, primeira senadora do país – inclusive indicada pelo Imperador Dom Pedro II – deu a tão sonhada liberdade aos escravos em sequência à Lei do Ventre Livre que também permitia que filhos e filhas de escravos, filhas aos 16 anos e filhos aos 21 anos de idade, proposta esta de Pimenta Bueno, em 1866 e 1867, então Conselheiro do Imperador Dom Pedro II, mas que foi engavetada por conta da concentração do governo contra a Guerra do Paraguai.
Passada a Guerra do Paraguai, o Visconde do Rio Branco, no parlamento trouxe de volta a discussão e conseguiu aprovar a Lei do Ventre Livre em 1871 por 61 votos a favor contra 35 dos conservadores. Às meninas aos 08 anos de idade e aos meninos aos 21, havendo multa indenizatória em caso de descumprimento da nova Lei, passando o país a ter dos 1,5 milhão de escravos, para apenas 700 mil ainda em escravidão.
Já a Lei Áurea foi assinada em 13 de maio de 1888 pela Princesa Isabel do Brasil e Rodrigo Augusto da Silva, real autor, mas em atendimento ao Imperador Pedro II, que fazia a transição moderada – lenta – do fim da escravidão no Brasil, sendo um dos três últimos países do mundo colonizado pelos espanhóis a cumprirem a nova ordem mundial. E aí vão os últimos 700 mil escravos que restavam para fora das fazendas onde trabalhavam sem direito trabalhista algum gerando as favelas nas grandes cidades onde se imaginava ter empregos para o sustento das suas famílias.
Eis aí toda a origem das favelas em São Paulo, Rio de Janeiro e no restante do Brasil com a marca da negritude trazendo a reboque a discriminação racial e todo o contexto das lutas dos mesmos pela igualdade social. O negro fez a riqueza dos Barões que davam sustentação aos imperadores e depois foram descartados como se criminosos fossem pela falta de consciência dos que dominavam o país.
Quase nada diferente dos dias atuais, onde a classe política recebe todo tipo de auxílios para complementar aos seus altíssimos salários preservados de despesas, com moradia, educação dos filhos, plano de saúde familiar, com vestimentas para bem representar o povo brasileiro por meio do suor e lágrimas da classe trabalhadora, e mais as despesas com combustível, telefonia celular e alimentação em suas bases eleitorais e carros locados com dezenas de assessores dentro e fora de Brasília, sendo seguido o exemplo pelos senhores ministros dos STF, TSE e STJ, magistrados e mais uma colenda corte de apaniguados.
As mesmas favelas são mantidas hoje pelos “felizes ganhadores da liberdade e do salário mínimo” sendo alvos fáceis para os dominantes durante os anos eleitorais por meio da compra de consciências – votos – que faz manter a todos sem grandes mudanças. Os ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.