Filme ou livro O Irlandês explica bem a mobilização dos caminhoneiros no Brasil.

A situação política do país não se resolve com ficção ou exemplos que não nos cabe na realidade.

Filme ou livro O Irlandês explica bem a mobilização dos caminhoneiros no Brasil.

Não comparamos em todas as vertentes a situação dos caminhoneiros no Brasil com o fato similar acontecido nos Estados Unidos durante as eleições do então presidente JFK. Por lá a máfia siciliana tomava partido e o movimento dos caminhoneiros teve dias de guerra armada, o que aqui esperamos não acontecer.

Entretanto, o livro I Heard You Paint Houses, de Charles Brandt ou o filme O Irlandês estrelado por Robert De Niro, Al Pacino, Joe Pesci e Harvey Keitel, explica com clareza que uma categoria importante para qualquer país nos tempos atuais, a dos caminhoneiros – que faz parar o país caso eles se mantenham paralisados. E as consequências chegam rapidinho na ponta do Ice Berg tomando conta de todo o bloco de gelo.

Sem os caminhoneiros o Brasil há de parar.

Porém, vale salientar que se os objetivos da categoria não forem republicanos – defesa dos seus direitos combate a aumentos abusivos dos preços dos combustíveis, baixos preços dos fretes e coisa que o valha –, a paralisação pode vir a ser julgada pelos eixos do judiciário como ilegal e criar mais um problema para a classe. E ao que parece o movimento tem conotação política, pois se fala em posturas contrárias ao STF e pelo menos, contra dois dos seus membros. Isto pode levar à ilegalidade.

Nos Estados Unidos Frank Sheeran personagem interpretada por Robert De Niro, é um velho veterano de guerra e caminhoneiro que resolve influenciar nas eleições presidenciais do país dos EUA, e para tanto não mede as consequências da sua participação instigando aos companheiros a fazerem paralisações para prejudicar a eleição do candidato John Kenedy, transformando a eleição em uma guerra pessoal, mas com uso da categoria dos caminhoneiros para seu intento.

Aqui no Brasil, os caminhoneiros não se deram por satisfeitos com o resultado do Sete de Setembro, e agora querem forçar às instituições governamentais – os poderes constituídos – a tomarem posições contra o ministro Alexandre de Moraes, desafeto do presidente Bolsonaro, e o voto auditável, batalha perdida dentro da câmara dos deputados federais, arquivo morto, como forma de fazer mudar o quadro político do país.

Essa luta será inglória. A paralisação pode vir a ser julgada ILEGAL e o movimento somente irá desgastar a categoria e deixar feridas espalhadas por entre as lideranças mais exaltadas.

O que o Brasil precisa é de parcimônia neste momento crítico para se encontrar soluções pacíficas e racionais, e não emocionais.

As querelas entre o presidente Bolsonaro e membros do STF, não podem colocar em risco a estabilidade econômica do país, o que já é uma realidade com a inflação galopante, tirar do eixo a campanha de vacinação que realmente trouxe resultados positivos para a população ante ao Covid-19, e trazer de volta a movimentação da parte mais atacada pela pandemia, o mercado de trabalho, emprego e renda, com a volta de um ritmo próximo à normalidade do antes do estado pandêmico.

 

As crises que temos já são suficientes para estragar o dia-a-dia dos brasileiros. 

Creditos: Raul Rodrigues