Ex-ministro Pazuello nem precisou do Habeas-Corpus preventivo, bastou mentir!

A finalidade da CPI é desgastar Bolsonaro. Isto poderia ser alcançado de outra maneira. Mas não na seara política onde o Centrão garante tudo

Ex-ministro Pazuello nem precisou do Habeas-Corpus preventivo, bastou mentir!

Para quem foi anunciado como a mais difícil ou de certa forma a mais complicada testemunha na CPI para o governo Bolsonaro, o General Pazuello foi um expert em se desviar dos mísseis dirigidos pelos senhores senadores – incluso aqui o relator – por meio das suas respostas as vezes vazias, outras tantas sem responder o que lhe fora perguntado, e por fim, com direito a desmaio na sala do cafezinho, o que terminou por suspender a oitiva.

Pazuello deixou a todos perplexos ao, até agora, não se recusar a nenhuma pergunta que lhe fora formulada. Das mais fáceis às mais difíceis o ex-ministro respondia sempre com uma linha de contexto tão grande que chegou a irritar aos seus inquisidores. Muitos chegaram ao desagravo de dizer, “o senhor está mentindo demais”, e por isso mesmo temos que repetir exaustivamente as mesmas perguntas para ver se o senhor responde.

Do acontecido até este momento, pois a reunião está suspensa pelo senhor presidente da CPI, senador Omar Aziz, o que podemos descrever é que Pazuello nem foi atingido, nem deixou que atingissem ao alvo da CPI, o presidente Bolsonaro.

Agora, até quando não sabemos. Amanhã teremos novos capítulos da novela “A CPI” que juntando muitas provas, fatos e verdades, acabará quando for entregue sabemos lá quando, à mesa diretora da Câmara Federal. Será o seu último pouso e com aterrisagem segura.  

  Pressão causou desconforto à testemunha.

Creditos: Raul Rodrigues