Entendam porque a classe política é contra o Impeachment

Todos os que são a favor do impeachment são contra Bolsonaro, e os contra são a favor de si.

Entendam porque a classe política é contra o Impeachment

Os erros cometidos pelo presidente Jair Messias Bolsonaro no quesito pandemia, são inúmeros, gravíssimos e irremediáveis. As mortes da primeira onda pandêmica podem sim serem atribuídos aos discursos inflamados de que “não passa de uma gripezinha”, “uso de máscara para quê”? “aglomerações em toda a Brasília ou por onde que ande”, desrespeito total às regras mundiais do distanciamento social, o exemplo ao não usar máscara, e contato direto com o povo sem nenhum dos itens recomendados, e a sacrossanta obediência aos políticos para as eleições.

A segunda onda da pandemia, atribuímos entre 70 e 80% aos irresponsáveis que desobedecem todos os dias e noites às regras impostas por decretos que somente querem salvar vidas, e as vidas dessas próprias pessoas e seus entes mais queridos; pais, mães, avôs e avós, filhos e filhas, e até netos e netas. Os erros foram cometidos por todos em seu primeiro momento, mas os resultados de infectados atuais são dos jovens em crescente número, e que retornam para as suas casas depois de baladas com aglomerações, bebidas e muita aproximação entre as pessoas.

A classe política sabe de tudo isso, mas defende a ideia que um impeachment seria algo muito traumático para um país em frangalhos como estamos neste momento. De certo que sim.

Entretanto a mesma classe política que é contra o impeachment é a mesma que por hora dirige a “viatura oficial” do presidente levando-o para onde ela quer. E isto é muito mais cômodo que fazer tramitar um pedido de impeachment por seis longos meses ou mais, terminar com a saída do presidente julgado politicamente, pois se erros graves o presidente tem são todos “praticados por seus filhos”, e épocas anteriores a estes mandatos. Pelo menos é que se tem configurado até agora.

Trocando em miúdos, quem é contra o impeachment comanda o país, e deixa o presidente terminar o seu mandato, pois o governo é do parlamentarismo branco, pseudo parlamentarismo, ou como querem os notáveis senhores do Supremo Tribunal Federal, um semipresidencialismo.    

Creditos: Raul Rodrigues