Arruar por Penedo é reviver

É claro que algo pode escapar à nossa memória, mas os 98% estão descrito abaixo.

Arruar por Penedo é reviver

Arruar significa ao pé da letra projetar ruas, mas em nosso caso destino a definição a construir as ruas do nosso passado. As ruas em que moramos, vivemos ou fizemos as nossas andanças.

Assim procedendo e por idade dividas entre dois séculos, pois nasci no século passado, e vivo neste atual, me dei ao direito de vasculhar minha memória como se fosse um belo dia sábado da Penedo dos anos 60/70.

Começo subindo pela rua cuja a esquina era a Importadora Tavares do saudoso Nilo Menezes Tavares onde se encontrava de tudo da área mecânica para automóveis leves ou pesados, e em cuja posição frontal era o Bar do Seu Albino – O Cafona – com seus frízeres verticais e espelhados de onde somente saiam as muis geladas cervejas Antártica ou pinguim como fraternalmente chamavam os admiradores de espécie.

Logo após o Bar Cafona, e em mesmo lado, estavam a seguir um pequeno boteco onde se servia a famosa Pitu ou Mucuri com limão, cujo proprietário me foge e memória o seu nome, e o estúdio da mais famosa fotografa de Penedo, My Ling Fon, e logo depois a Papelaria Walmar, do casal Walde Peixoto e dona Doquinha, cujo espaço era o maior daquela rua. E, em seguida atingíamos à famosa Farmácia Ramalho que fazia esquina com a Avenida Floriano Peixoto de quem iremos discorrer depois.

Já ao mesmo lado da Importadora Tavares, existiam o Bar do Aurélio – Português – a Churrascaria Chique do senhor Malta, não lembro o primeiro nome, e também uma farmácia do seu Eráclito, local hoje ocupado pela papelaria do agrônomo Odair, depois o consultório do Dr. Adail Freire, dentista, onde hoje também funciona o consultório da sua filha, a Drª. Olímpia, e aí em nossa memória atingíamos às Casas G Cunhas “a que mais barato vendo no comércio de Penedo”.

Subindo em direção ao Cine São Francisco encontraríamos o Bar do Adão – genro do Dr. Alcides Andrade – casado dona Arlete, a agência dos Correios, a Biblioteca Pública de Pendo, e o então Banco do Brasil.

Encurtando caminho, pois a discrição completa merece ser por capítulos, adentramos à Rua Sete de Setembro indo em sentido da antiga Padraria do Seu Barroso, e nos deparamos com a casa – sobrado – da professora Helenira Porto, e a casa do Seu Zé Góis que já fazia esquina com a descida da feira, como assim era chamada.

Em frente tínhamos ao nosso dispor a esquina do Hotel São Francisco com a sua lanchonete, a Banca de Revistas da Dona Florize – a internet da época – o Cartório da dona Enoy Betencourt Magalhães, a casa onde morava o superintende da SUCAM, seu Carlito, pai de Kleber e Vilne, vizinho do seu Everaldo Lopes, antigo motorista de Táxi e pai da professora Alcina, de Mariana do SESP, de Bráulio, Dr. Everaldo advogado, e José Ramos de quem somos contemporâneos.

Em seguida vinha o sobrado do Seu Manuel Bispo, saudoso patriarca da família que representativa da Gráfica São Francisco em Penedo, e pai de Dona Cleonice, Manuel Bispo, Toinho Bispo e Carlos Alberto – o Topy – nossos amigos de mais de 50 anos, e em sequência o sobrado onde moramos antes da mudança para Rua Fernandes de Barros no final dos anos 60.

Vizinho ao nosso sobrado, tínhamos como companhia o funcionário dos Correios o pai do Ângelo – Neno – que fazia vizinhança com a casa do Seu João do Fumo, proprietário de terras na região da Ponta Mofina e vários armazéns em Arapiraca, que fazia também vizinhança com a última casa antes da Praça Frei Camilo de Lelis, Praça do Convento, onde moravam a senhora Valdete do Cartório, sua irmã que aplicava injeção e de quem eu tinha um medo horrível, e que é a mãe do Valdi Fernando, e dona Bita que trabalhou na Companhia Telefônica de Penedo até os tempos da Telasa.

Depois da Praça do Convento, vinha então a hoje casa sede da FRM, e os quartinhos aluados da família Lobo, onde ocupavam ou moravam o seu Redondo, seu Carlos Sapateiro, Seu Zé Evécio topografo, Expedito eletricista e em última porta a venda de leite de gado de Dona Carminha Barroso, até chegar aos fundos do Círculo Operário.  

Em frente existiam apenas duas casas: a primeira ocupada por Dona Edite Forte e seu esposo Nael Lemos, da Receita Federal, seus filhos Ricardo e Henrique, e a família do Seu Barroso que por décadas foi Padaria mais famosa de Penedo.

 

Aguardem novos capítulos nos próximos finais de semana.   

Creditos: Raul Rodrigues