A sucessão do poder entre os alagoanos de Collor – Calheiros a Lira.

Para Lira tudo dependerá das duas faces de Bolsonaro, estando com ele em sucesso, ou derrubando-o para salvar ao povo do Coronavírus.

A sucessão do poder entre os alagoanos de Collor – Calheiros a Lira.

É inegável que os alagoanos têm uma linhagem política admirável. E isto não se pode negar questionar nem discordar. A sequência dos fatos comprova essa afirmativa de maneira indelével!

Não esqueçamos que os Marechais – Deodoro e Floriano – foram os primeiros presidentes após a proclamação da república.

Fernando Collor de Mello atingiu a esse ápice por meio da democracia sendo eleito o primeiro presidente no pós-redemocratização. Foi eleito com trinta e cinco milhões de votos tendo saído do minúsculo estado nordestino derrubando a marca do café-com-leite de São Paulo e Minas Gerais. Teve o poder, mas não o tempo para governar pela falta de experiência para lidar com Brasília, o metro quadrado mais caro de todo o território nacional.

Renan Calheiros galgou a presidência do senado – a Casa do Salão Azul – contudo foi carcomido pelos três entes responsáveis pela derrubada de um político no poder: o duro enfrentamento com partes do judiciário – alguns membros do Supremo Tribunal Federal, o apoio da mídia nacional para descontruir a capacidade de articulação de Calheiros, e por fim a invasão de privacidade pelos ardis de investigações sobre o homem e do cidadão ou do político. O tempo também lhe curto no poder.

Agora chega ao centro do poder em Brasília, Arthur Lira, deputado federal que tomou assento na cadeira da presidência da Câmara Federal – Casa do Salão Verde – que em circunstâncias atuais, lhe concede a oportunidade de conduzir ao país em consoante linha de pensamento com frágil presidente da república. Ainda não podemos descrever sobre o tempo, pois ainda está a correr.

Collor foi traído por quem mais lhe apoiou, as classes ricas e poderosas que não admitiam nem aceitavam sob hipótese alguma, Lula no poder. Os mesmo que lhe afagaram durante a pré-campanha e durante a campanha, foram os mesmo que lhe empilharam deputados e senadores para votarem a favor do Impeachment. Impeachment até hoje sem pé e sem cabeça, tal qual o da ex-presidente Dilma Rousseff.  

Calheiros lutou bravamente contra as perseguições de membros do judiciário da mais alta corte como também de agregados do poder em valor jurisdicional, procuradores da república, lhe sendo reduzido o poder em Brasília como se manifesto a favor do errado fosse Renan. Seu tempo de poder também foi curto.

Já Arthur Lira que pode ser denominado de recém-chegado ao poder, podemos analisar que no quesito interno a Alagoas não goza de prestigio em mesmo tamanho ou dimensão dentre os eleitores o que lhe impede até de uma candidatura majoritária, muito embora seu atual poder de fogo seja visto como potencial artífice da nova via política no estado. Se o tempo de Lira for conjugado com de Bolsonaro, pode demorar tanto quanto Collor ou Calheiros, e média dois anos. Agora, se Arthur Lira desembainhar a espada e ferir de morte ao Covid-19 nesta pandemia, subirá degraus da aceitação do povo brasileiro com grandes perspectivas de demorar mais que os dois outros conterrâneos.  

 

Creditos: Raul Rodrigues