A natureza e o homem. Não sei se estou errado, mas aposto em minhas elucubrações.

O homem ainda é o maior algoz da natureza mesmo sabendo que esta é a sua casa.

A natureza e o homem. Não sei se estou errado, mas aposto em minhas elucubrações.

Tenho lido, visto e ouvido ao longo da minha vida que espero ser ainda mais longeva, que o rio São Francisco enriquecia aos ribeirinhos todos os anos por meio das enchentes que traziam o limo fertilizante para as lagoas de arroz o peixe em fartura para sua captura como alimento e venda para os pescadores, e o fenômeno da piracema em suas cabeceiras por meio das fortes quedas d’águas, e dragar o seu leito para grandes navegações.

Acredito não está errado.

Aí vieram as grandes hidrelétricas que por meio da geração de energia elétrica submeteu ao rio mudanças em seu rito natural de descida até a foz. Nunca concordei com a tese de que o rio estava morto. Sempre defendi e prova disto uma entrevista que concedi a um canal de televisão do Rio Grande do Sul, quando disse que se chovesse nas cabeceiras do Velho Chico ou as barragens abririam as suas portas – vertedouros – ou a água levaria consigo todo o concreto armazenado. As hidrelétricas afetaram a flora e a fauna, nunca as enchentes do rio. Quem enche o rio é a chuva e não está sob o controle das barragens o fenômeno das chuvas.

Depois do introito do turismo para a exploração das áreas de belezas singulares como os Cânions assim como não fizeram com a exploração do Velho Chico pelos navegadores – empresas de embarcações realizando a preservação dos canais de navegabilidade – as paredes dos Cânions mostraram o desgaste por entre as suas brechas fazendo ruir o paredão do capitólio em Minas Gerais.

As noventa lagoas de arroz que se acabaram entre Piranhas e Brejo Grande deixando milhares de rizicultores desempregados, os ribeirinhos mais pobres, o acidente do capitólio demarca uma era de quem não preserva não serve para explorar.

O rio São Francisco continua vivo, mesmo que por entre secas de anos que tentem submetê-lo ao seu fim.

Imagens de Pão de Açúcar de um rio que estava "morto"!

Créditos de internauta, enviadas por Anizão 

 

 

Creditos: Raul Rodrigues