A natural discórdia do ponto de vista é, por a vista no ponto.

Todos inauguram com convidados e por vezes com parte paga. A festa do Bom Jesus dos Navegantes é totalmente livre, mas o volume de público traz emprego e renda.

A natural discórdia do ponto de vista é, por a vista no ponto.

Recebi em meu whatsapp um comentário que possui um conteúdo intrigante, reflexivo e profundo. E por isso mesmo me debrucei por sobre o assunto, mas não pude deixar de expressar a minha opinião diante dos argumentos que agora elenco.

Piranhas se tornou um point do turismo de Alagoas por se fazer conhecer por meio de convites para pessoas do trade turístico para com base em suas análises divulgarem a cidade para outras possibilidades de visitantes ilustres ou não.

O turismo é feito por parcerias e muito mais dependente da área privada que fomenta as ofertas das belezas naturais, da abrangência histórica, da culinária e para quem pensa um pouco ousado, da hotelaria com as múltiplas faces do acolhimento para congressos e grandes encontros.

E um Centro de Convenções é parte dessa logística.

Portanto, quando li o comentário que denota certo ar crítico e de desprezo por conta da maneira como a administração Ronaldo Lopes irá inaugurar o novo local para realizações de Convenções e Grandes Encontros, em Penedo com mais de setecentos assentos assegurados e totalmente climatizado, nas antigas instalações do Cinema São Francisco, pensei estar o prefeito errado. Até concordei com o comentário feito nas redes sociais.

Mas aprofundando o conhecimento de como funciona o trade turístico no Brasil, entendi que a lógica do acerto deva prevalecer, e que parte de quem deva participar da inauguração seja de convidados, parte vendida para se profissionalizar a administração pública, mesmo que parte dos atos da inauguração seja conseguida com recursos públicos.

O que não se pode é querer que o bem público seja tão somente de uso a gerar despesas e nunca algum tipo de renda para a sua própria manutenção.

 

Quem visita como convidado, mas vai fazer ecoar ou reverberar o nome de Penedo enquanto um possível local para novos eventos está de certa forma a trabalho, e se não for pago que seja pelo menos convidado. 

Creditos: Raul Rodrigues