A justiça é uma farsa, ou a farsa é a própria justiça?

A justiça é uma farsa, ou a farsa é a própria justiça?

Obviamente que todos nós temos direitos às nossas próprias opiniões. É legitimamente democrático se conceder a liberdade de expressão para que, convenhamos se permitir a existência do antagônico.

Disse-me certo dia um jurista que o tribunal – que pode ser entendido como o de júri – o também se tratar do tribunal – pleno do judiciário –, tratar-se de um teatro ou peça teatral, podendo ser o Elogio da Loucura de Erasmo de Roterdã, ou a Divina Comédia de Dante Alighieri, a depender das situações. Esta a opinião de quem bem sabe pensar. E analisando alguns fatos temos que concordar com a máxima do aplicador do direito para os outros.

Todavia por outro ângulo de análise entendemos ser o palco ou picadeiro a aceitação por parte da justiça de toda e qualquer contra denúncia. A justiça por meio dos senhores jurisconsultos sabe perfeitamente bem que a cada denúncia existe um grave motivo embasando a ordem dos fatos.

Contudo a Rainha das provas – a testemunha – também definida como a rapariga do processo que sempre está no computo do processo aparecendo na contrarrazão do de quem denúncia. Por exemplo: se um fato tem coincidências de datas com a segunda ordem dos interesses de outrem, ou seja, segue a ordem natural das soluções, que prove também o contraditório da acusação, e não tão somente se cobrar de quem acusa as provas contra que comete o fato criminoso e que esconde as armas do crime.

Assim sendo, e por sucessivas ocorrências de natureza dantesca ou erásmica é que perguntamos: para que a justiça aceita denúncia dos fatos que ela mesma já tem ciência que o crime foi cometido? Para embaraçar ainda mais os seus afazeres de fazer justiça? Ou por intenção mórbida a prejudicar a quem diz a verdade? Quem diz verdade termina perseguido. Isto é bíblico.

No fundo não se obtém justiça pelo fato de a justiça ser abstrata. E quando utilizada por homens se desvia da sua finalidade. As coincidências de fatos são provas que devem ser derrubadas, e não se cobrar de quem denúncia às semelhanças entre paredes de crimes praticados sob forma de quadrilha.

 

 

Creditos: Raul Rodrigues