A dita inflação de maio com menos de 1% não é fácil de ser entendida. Veja variação da cesta básica nas capitais.

Para quem vive no mundo do economês tudo está explicado, já para quem faz feira todas as semanas...

A dita inflação de maio com menos de 1% não é fácil de ser entendida. Veja variação da cesta básica nas capitais.

Em maio, o custo médio da cesta básica ficou mais alto em 14 das 17 capitais brasileiras que são analisadas na Pesquisa Nacional da Cesta Básica, estudo divulgado mensalmente pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese).

Claro que ao fazermos as contas em nossas feiras semanais encontramos discrepâncias entre os números oficiais do governo que introduz na “inflação” os preços de insumos e objetos que nem todo mundo compra, e por isso, nos parece muito diferente das contas das donas de casa. Para as donas de casa os alimentos e produtos de higiene são os mais usuais e por conta disso destoa da inflação do governo.

No mês passado, a cesta só ficou mais barata em Campo Grande (-1,92%) e Aracaju (-0,26%). O Dieese analisou, mas não divulgou o custo médio da cesta básica de Belo Horizonte, por mudança na metodologia.

A capital que apresentou a maior alta no mês foi Natal (4,91%), seguida por Curitiba (4,33%) e Salvador (2,75%). Entre as capitais analisadas, a cesta mais cara foi a de Porto Alegre, onde o custo médio dos produtos básicos somou R$ 636,96.

Em seguida aparecem São Paulo (R$ 636,40), Florianópolis (R$ 636,37) e Rio de Janeiro (R$ 622,76).

A cesta mais barata foi a de Aracaju, cujo preço médio encontrado foi de R$ 468,43. Com base na cesta mais cara, registrada em Porto Alegre, o Dieese estimou que o salário mínimo do país deveria ser de R$ 5.351,11, valor que corresponde a 4,86 vezes o piso nacional vigente, de R$ 1.100,00.

Em resumo, essa metodologia de cálculo da inflação traz consigo engodos que somente a voz do economês pode explicar, mas nunca em tempo algum, provar e convencer ao povo da vala dos comuns. Este sofre todas as semanas e o salário? Oia...

Creditos: Raul Rodrigues