A difícil missão de escrever sobre quem mais está sofrendo. Prainha de Penedo.

Pertencentes às Classes menos protegidas, comerciantes da Prainha pedem socorro.

A difícil missão de escrever sobre quem mais está sofrendo. Prainha de Penedo.

Nem sempre me sinto confortável para escrever sobre temas que envolvem dor e sofrimento. Mas é do nosso mister.

As famílias que vivem do trabalho na famosa Prainha em Penedo, gente humilde, porém honestas e direitas, estão a viver entre a Cruz e a Espada! Se voltarem a trabalhar podem até serem presas; se continuarem paradas e sem seu labor, não será somente as contas que lhes tirarão o sono, será a fome dentro das suas casas. E, diga-se de passagem, dentro dos lares de pessoas direitas e honestas.

Os governos federal, estadual e municipal não disponibilizaram quaisquer tipos de ajuda para estas pessoas. E elas não aprenderam a pedir, pois se orgulham dos seus pequenos pontos comerciais e trabalhando conseguindo os seus sustentos.

Ah, mas é a pandemia. Sim sabemos se houver aglomerações teremos futuras vítimas fatais ou não, e as que escaparem pode ter sequelas. As que se divertem na Prainha também serão alvos de ações da Vigilância Sanitária e da Polícia, que em pleno cumprimento do dever terão que aplicar multas e até quem sabe prisões.

Se ficarem em casa verão o castigo da fome e da miséria adentrando aos seus lares sem pedir licença.

Esperamos que poder público enxergue a estes que não possuem lobistas a lhes defenderem e que lhes deem o mínimo, todavia com dignidade, para que estes  tempos tão ingratos passem logo.

Entre a Cruz e a Espada é como eles estão hoje.

Creditos: Raul Rodrigues