27 anos sem Airton Senna e a imagem do ídolo é sempre mais forte.

Sem Senna o Brasil até hoje, 27 anos depois continua incompleto.

27 anos sem Airton Senna e a imagem do ídolo é sempre mais forte.

Não seria fácil nem é definir Airton Senna o tricampeão de Fórmula 1 que encantou o mundo, aos companheiros, às equipes de reportagens, às equipes da própria categoria, e que desde a sua chegada à mais famosa corrida automóveis do planeta despertara a todos como sendo ele um futuro campeão.

Correr entre Alain Prost, Keke Rosberg, Nelson Piquet, Nigel Mansell, Niki Lauda, Mika Häkkinen, Michael Schumaker, já era o maior desafio para qualquer piloto do mundo. Era o seleto grupo dos melhores pilotos do mundo e de todos os tempos. E Senna era respeitado por todos. E admirado também. E dentre eles o melhor.

Seu talento era incomparável, e por isso mesmo despertara a atenção dos chefes de todas as equipes da Fórmula 1 assim que estreou. E desde a sua primeira corrida pela equipe Lotus, o carro de cor preta e lindas linhas douradas Airton Senna já deixou claro que vinha para vencer e não somente competir. Competir fazia parte do jogo, mas vencer era a sua meta.

Leal para com os companheiros, nunca fez peripécias à frente de qualquer adversário para não ser ultrapassado. Lutava pela liderança, mas de maneira justa e leal. E na Fórmula 1 as regras são respeitadas desde o comando do seu próprio box aos limites que garantam a segurança de todos os participantes.

Airton Senna do Brasil – como bradava Galvão Bueno – era um misto de realidade e ficção. Era mito real, mas as suas proezas deixavam sempre o gostinho do superpiloto na garganta dos brasileiros que o amava sob todas as condições. Não era apenas um ídolo. Aproximava-se de um semideus. E nas pistas o deus da terra.

Suas ações e palavras transpiravam amor pelo país, sua vida era invejada por todos os adolescentes, pré-adultos e adultos por ser o ato de dirigir um dos maiores símbolos de independência da época. E Senna não dirigia, dava espetáculos. Era o nosso encontro de todas as manhãs de domingo sempre ao som da música que acordava aos corações de brasileiros e brasileiras amantes da Fórmula 1.

Por que é inesquecível? Porque foi único em pistas molhadas ou enxutas. Porque conseguia frear e acelerar ao mesmo tempo. Porque as suas tangentes deixava as curvas transformadas em quase retas. Porque o seu carro era regulado e testado pelos mecânicos da equipe sob o seu comando. Era uma orquestra para um único maestro.

A sua morte naquele fatídico domingo 1º de Maio de 1994, tem até hoje uma simbologia como nenhum outro piloto do mundo conseguiu deixar; Senna parecia saber que aquela seria a sua última corrida. Justo no Dia do Trabalhador. Era um símbolo de sucesso e de riqueza, mas que teve que morrer trabalhando como sendo a coisa que mais amava fazer que era correr.

O mundo que viu Airton Senna correr jamais verá outro piloto deter tanto carisma quanto o nosso Airton Senna do Brasil.

 

Que Deus já tenha construído um novo autódromo no Céu para Senna continuar vencendo os grandes prêmios da humildade, da simplicidade, da competência e das múltiplas capacidades com as quais sempre venceu aqui na terra. 

Assista ao vídeo da tragédia daquele 1º de Maio de 1994.

Creditos: Raul Rodrigues