Um bom conflito sobre a justiça são as definições da própria ação
03/06/2025, 21:19:16Aqui em Penedo tem pensão alimentícia que deve julgada em carater de urgência - alimentos - demorando quase dois anos sem solução. E aí onde está a justiça?

Sendo a justiça abstrata, mas por missão a de fazer a virtude plena, aos olhos da sociedade todos os julgamentos terminam com duas análises conflituosas entre as partes. A que vence ou ganha, que comemora ter sido reconhecido o “seu” mérito, e a que perde ou que é condenada, que nunca irá aceitar o ato final como justo. Portanto, nunca haverá a justiça sendo feita já que não pode haver justiça para os dois lados.
E, ainda mais quando posta em mãos de humanos com sentimentos abalados pelos interesses que nunca chegam ao grau de julgar sem as mediações pessoais dos senhores julgadores. Se é de um humano a sentença final, mesmo que ela venha determinada pelo julgo popular – júri da sociedade – assim sendo a peça discricionária da condenação baseada no transcrito por outro humano para dentro do Código Civil. Será mesmo que a justiça foi ou será feita? Se foi descrito por humanos e aplicado por outros humanos, a possibilidade de erros é sempre uma constante.
Como pode uma sociedade entender que os mesmos crimes possam ser julgados de maneiras diferentes se a Lei prevê para o crime uma só penalidade? Justifica-se então as decisões por vezes contrárias por conta da hermenêutica? Vem daí a frases das onze Constituições no Brasil por ser a mesma interpretada por onze ministros.
Enfim, quando diante da mesma transgressão – Lei Maria da Penha – um criminoso preto e pobre vai parar na cadeia, e o outro rico e poderoso tem nas marcas da mulher afirmadas pelo exame de corpo delito como agressão, transformadas em queda da escada, nem a lei nem a justiça tem mais o que explicar, a não ser, serem as duas levadas a um presídio de segurança máxima, em ilha cercada por tubarões para não mais não prender ao rico e condenar o pobre.
A justiça foi bem pensada, mas nem sempre bem aplicada.