A vida mudando de endereço: o êxodo por emprego

No dia de ontem, domingo, 01/06/2025, assisti a duas cenas não comuns da vida dos penedenses e das demais cidades circunvizinhas entre Alagoas e Sergipe: o êxodo provocado pelo concurso realizado pelo estado de Sergipe.

Aquilo que era comum nas décadas de 60/70/80, a espera pelas conquistas de um lugar ao sol dentro da cidade natal, ou pelo menos em seu estado de origem, se transformou em uma grande busca por onde existir a vaga do emprego via concurso público. Aquele que garante estabilidade e longevidade contratual.

É o espalhar das famílias pelos quatro cantos do Brasil, fruto do crescimento demográfico que já não seleciona mais a família como bem de proximidade, mas de onde exista a sobrevivência. Estando empregado estou bem, é o que se traduz da realidade dos últimos tempos.

Vi a grande quantidade de alagoanos e penedenses espalhada na fila da balsa dos de volta para casa, depois da prova do concurso público realizado em Aracaju. O antigo êxodo rural para São Paulo agora tem outro nome: êxodo do concurso.

Aos que garantiram seus empregos pelo sucesso classificatório, a segunda etapa é ir morar em Sergipe, caso o chamado indique uma cidade não muito próxima do estado de Alagoas. E ainda contando com a possibilidade de ser locado como servidor público em cidade que margeei o rio São Francisco, caso de Penedo com prestação de serviço em Neópolis, menos mal. Ainda resta uma esperança de continuar junto aos familiares, mas as chances são bem menores.

A lei da sobrevivência nos tira muito da vida familiar, mas como diz o bom italiano, se lávita!