Histórias verdadeiras do Penedo sobre o Antena Parabólica

O Antena Parabólica vive um eterno dilema: aparecer e ser reconhecido como o Boi Bandido da rede Globo de Televisão, ou se esconder por outras pragas, junto à praga que a vida lhe pregou como peça artesanal.

Histórias verdadeiras do Penedo sobre o Antena Parabólica

Eram tempos dos anos de 1970, meados de 1980, quando no Campo do Santa Cruz existia o famoso “racha”, do qual participavam os veteranos, Paraná, Zé do Vá, Vavá Caneta, Ademir, Aguinaldo do Caixão, Capitulino, Chico Pinheiro, dentre tantos outros que ali chegavam, colocavam os nomes no quadro negro com giz, para a formação das equipes participantes das partidas de mata-mata.

E um personagem ficou como figura marcante por chegar com seu carro esporte – Escort da Ford – uma cadeira de praia, uma mesa desmontável, sua caixa térmica com gelo e a sua cerveja preferida e seu bigodão. Era um gaúcho que trabalhava em Penedo e que ficou conhecido como “Antena Parabólica” pelas circunstâncias que a vida produz por sobre a caixa craniana dos bem amados, dividindo por entre os fios que coabitam o coro cabeludo e a testa, um artefato produzido pelas mulheres que muito honram os seus desejos. Todos do meu tempo lembram disso. Era a época do Carro Santana.

Tempos depois o “Antena Parabólica” se despediu de Penedo, e nunca mais foi visto na terrinha. 

Mas o tempo sempre traz a repetição da história com novos personagens, muito embora os fatos venham a ser os mesmos. Se não pelo futebol, uma paixão dos brasileiros, como em outros setores que apaixonam os brasileiros tanto quanto a religião e até mesmo o futebol. 

E quanto mais famosa for a área de atuação, mais famosa fica a figura do “Antena Parabólica”. Com um diferencial: atualmente com o advento do celular fala-se de qualquer lugar para quaisquer lugares do mundo. 

Muito embora as antenas permaneçam tão erguidas quanto as antenas de celulares espalhadas por Penedo, umas por sobre o Hotel São Francisco, outras nas imediações do SAAE, e na parte alta da cidade, de onde todos vejam tanto quanto as igrejas que marcam locais de onde Deus pode ser visto simbolicamente.

Assim permanecerá o “Antena Parabólica” ad eternam.

Creditos: Raul Rodrigues